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domingo, 19 de junho de 2011

Uma conversa sincera com os surdos

2 comentários:

Conhecer para romper as barreiras do preconceito disse...

Hans - conheço você desde os meu 12 anos - no horário que entrava na escola Ave Maria, você estava descendo a rua para ir trabalhar. Velhos e bons tempos!!!! Gostaria de dizer que adorei sua exposição sobre a inclusão, mas nesse país muita coisa ainda precisa ser modificada. As crianças ouvintes estão saindo das escolas sem saber ler e escrever. Temos um ensino público de péssima qualidade. Acho que os ouvintes também estão sendo excluídos do direito de aprender. Para escola ser verdadeiramente inclusiva é preciso uma exigência de qualificação do professor, pagar melhores salários. Minha preocupação é que as escolas não estão dando conta nem de ensinar português para pessoas fluentes na língua, quem dirá surdos cuja língua é a segunda! Isso não significa que eu não concorde com você, aliás concordo e assino embaixo - quero essa escola inclusiva, quero ensino de boa qualidade, mas o governo não está preocupado com isso. Fico revoltada com o descaso dos políticos em relação a educação. Precisamos de escolas bilingues, precisamos de escolas que tenham educadores, não meros professores. Gostaria de convidar você e a Ana Carolina para participarem de nossa ONG. CVI-Campinas. Estamos na luta pela inclusão e acessibilidade. Por favor, juntem-se a nós. Precisamos juntar forças para cobrar do governo esse invetimento em inclusão.

Abraços a vcs dois!

Cíntia Firmino

blog da Ana Carolina, pedagoga surda disse...

Cintia...bom te ver por aqui...quanto tempo, né?

Bom, Cintia...sobre o que você comentou...a Educação aqui Brasil sempre teve um histórico de problemas, mas também teve um histórico de sucessos.
Não adianta lamentarmos pelo que acontece hoje se não fizermos a nossa parte. Se cada um fizer a sua parte, o Brasil anda pra frente. Infelizmente, a maioria opta por apenas lamentar e espera dos "outros" que resolvam estes problemas para satisfazer esta maioria. Só que esta maioria se esquece que é maioria e que os "outros" são minoria e por este motivo o Brasil anda a passo de tartaruga.
Como consequencia disso, mais a maioria lamenta e por aí vai...
Por isso, estou fazendo a minha parte promovendo a inclusão, ministrando palestra para alunos da faculdade, contando experiências de vida como aluno numa escola inclusiva. Há mais de 20 anos aqui em Campinas que dou uma palavra de conforto e esperança para milhares de pais de surdos em busca de uma qualidade de vida para seus filhos surdos. Estou lamentando? Não, minha amiga...faço com alegria e prazer e, quem sabe, o pouco que dei de contribuição poderá realizar grandes feitos na Educação Brasileira.

Um forte abraço

Hans Frank